A pesquisa encontrou uma alternativa incomum para melhorar o desempenho corporal. A pesquisa realizada por endocrinologistas e gastroenterologistas da Universidade de Rennes, França, descobriu que o transplante de ratos melhorou o funcionamento do corpo de erro.
A pesquisa indicou que o transplante das fezes de ciclistas profissionais e jogadores de futebol para os ratos melhorou o metabolismo do receptor: os animais desenvolveram uma maior sensibilidade à insulina, o que melhorou sua capacidade de processar o açúcar e criou melhores estoques de glicogênio muscular, uma reserva de energia que diminui a fadiga muscular.
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Segundo o estudo, publicado na revista Scientific Cell Reports no final de março, algumas bactérias intestinais de atletas com alta capacidade aeróbica, como Pretetella Copri e Fascolarctobacterium succucinetens – Eles são essenciais para os benefícios, colonizando as agências de camundongos após o transplante. Essas espécies produzem ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), moléculas ligadas ao metabolismo energético.
Atletas têm apenas um microbioma
A descoberta desafia a ideia de que a diversidade microbiana é sempre melhor. A investigação foi realizada ao analisar a composição intestinal de 50 homens saudáveis, de atletas sedentários à elite. Os cientistas notaram que o mais adequado tinha uma microbiota menos diferente do que era esperado, mas com a maior concentração de AGCC.
“O ecossistema bacteriano intestinal está relacionado à capacidade física e isso pode não apenas depender dos alimentos”, explica o estudo. Os ratos que receberam os transplantes fecais dos atletas tiveram uma melhoria metabólica, embora não tenham obtido um melhor desempenho na fita de corrida. Ou seja: parte dos benefícios esportivos pode ser “transmitida” no cocô, mas não no próprio desempenho físico.
Transplante de fezes em perspectiva
Os resultados abrem como investigar fezes em seres humanos como tratamento para distúrbios metabólicos. “Melhorar a sensibilidade à insulina com microbiota intestinal pode ser uma intervenção terapêutica”, sugere pesquisas. No entanto, para alcançar esse resultado, ainda existem muitos estágios de estudo.
Apesar do avanço, restam as perguntas: quanto tempo dura o efeito? Que bactérias são essenciais? Enquanto isso, o estudo reforça que o microbioma é outro vínculo entre exercício e saúde e aponta que os atletas podem ser um ouro real para a ciência.
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