Um prato que se tornou popular em vários cantos do Brasil é a Arepa. Seja a carne ou as sopas, com ou sem preenchimento, a popularização desta refeição à base de milho é inegável. No entanto, a origem da iguaria causou uma disputa entre a Colômbia e a Venezuela.
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De acordo com o chef venezuelano Franlis, angudamente Manrríquez, seijas, a controvérsia que envolve a preparação é mais do que antiga. Tudo teria começado em Brithe-Arolos, quando os países da Colômbia, Venezuela, Equador e Panamá eram um. Naquela época, os Arepas faziam parte do alimento dos cidadãos em toda a região.
Durante a separação desses territórios, foram mantidos elementos comuns, outros, alterados. Enquanto o Equador e o Panamá não entraram na “luta” de Ares, os outros dois países reivindicam alimentos como um prato típico. “Digamos que seja todo mundo”, ele interpreta Seijas, que também tem o gosto da venezuelana, um restaurante localizado em Vila Planalto, em Brasília.
Apesar disso e, especialmente, depois de estudar e discutir com os compatriotas, Seijas concluiu que a teoria original do grupo Timoto-Cuic, os criadores da Arepa são encontrados no território da atual Venezuela. O chef diz que o prato faz parte da dieta latina, sendo muito comum nas refeições, como jantar e café da manhã.
A receita é passada de geração em geração. Segundo o profissional, ele aprendeu a preparação com sua mãe. Hoje, os venezuelanos chegam a levar o prato a outros países. “Onde estamos indo para qualquer parte do mundo, tomamos a Arepa”, diz ele.
Que também acredita que a comida pertence a ambos os países é a chef venezuelana Ana Carrillo, da culinária colombiana da BOA, um alimento especializado em preparativos na Colômbia. No entanto, existem diferenças.
“É claro que cada um tem sua própria forma de preparação, mas a essência é a mesma”, ele descreve.
Da prática à história
Historicamente falando, o ARPA é um alimento criado por grupos originais que circulam pelas regiões que hoje delimitam territórios venezuelanos e colombianos. Segundo o historiador Rodrigo Rainha, a preparação vem do uso e desenvolvimento do milho. Naquela época, o consumo estava ligado a momentos de congregação e celebração das culturas.
Queen explica que as reuniões desses diferentes povos geraram diferentes características, que marcaram os territórios. “Mas quais são os dois originais? Porque, porque, quando esses grupos estavam lá, não havia Venezuela ou Colômbia”, brinca o mestre de Esti.
Segundo o historiador, a Arepa era comum entre os Timoto-Cuas e os Zenús, que viviam principalmente na região colombiana. Por ser feita de milho, a massa é fácil de circular, o que facilitou as pessoas originais e armazenam alimentos e migram para diferentes regiões.