Famosa por interpretar Ellie em The Last of Us, Bella Ramsey revelou que passou meses sem sair de casa devido a uma fobia muito específica. Em uma entrevista, a atriz revelou ter emetofobia, que é o intenso medo de vomitar ou ver as pessoas vomitande.
Leia também
Ela disse que o medo era “esmagador” e acrescentou que tem sido uma fobia desde a infância. “Lembro que, no berçário, uma criança vomitada na caixa de areia e um pouco caiu em meus crocodilos vermelhos, e eu o achei divertido”, disse ele.
Mas, embora ele tenha se divertido com a situação naquela época, o incidente trouxe uma preocupação. “Desde então, toda memória que tenho que me vomitar. Mesmo agora, lembro -me a qualquer momento em que alguém se sentiu mal ou ficou doente na minha presença”, acrescentou.

O que é emetofobia?
Juliana Gebrim Clínico e Psicólogo Neuropsicótico ressalta que a emetofobia é o medo intenso e persistente de vomitar ou ver outras pessoas vomitando. “Embora o vômito seja naturalmente desconfortável, aqueles que sofrem com essa fobia sentem não apenas repulsão, mas há pânico real, o que pode gerar comportamentos evasivos graves”, acrescenta.
“Muitas vezes, a pessoa para de sair de casa, evita comer fora ou rejeitar alimentos que considera” em risco. “Em casos mais intensos, como o informado pela atriz Bella Ramsey, esse medo pode levar a um isolamento significativo e impactar profundamente a qualidade de vida”, explica ele.

Como saber se eu tenho a fobia?
Juliana ressalta que, se você perceber que vive com medo constante de vômito, mesmo sem sintomas físicos reais, e esse medo interfere em suas rotinas, hábitos alimentares ou interações sociais, é importante buscar ajuda profissional.
“Quando o medo se evita (parando, comer menos ou lavar compulsivamente para não ficar doente), isso pode ser um sinal de emetofobia. O diagnóstico é feito por um psicólogo ou psiquiatra, com base em critérios qualificados de escuta e clínica”, ele exemplifica.
Como lidar com fobias?
Vale ressaltar que as fobias, incluindo a emetofobia, têm tratamento. Comentários profissionais de que a terapia cognitivo -comportamental (TCC) é bastante eficaz nesses casos, pois ajuda a pessoa a identificar pensamentos distorcidos relacionados ao medo e a desenvolver estratégias para o confronto gradual do FOBBY.
“Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser indicado como suporte, sempre com o monitoramento médico. O mais importante é lembrar: o medo não é fraqueza, e buscar ajuda é um sinal de coragem. As fobias têm um nome, explicam e têm uma solução”, diz Juliana.