A construção de um tubo e uma planta termoelétrica no distrito federal pode criar um monopólio no suprimento de energia na capital do país. O proprietário do Termo Norte, a empresa responsável pelos dois desenvolvimentos, e envolvido em várias controvérsias, e é até investigado por corrupção, Carlos Seebra Suárez, o rei do gás, também é parceiro da Thermogás, que possui 75% das ações da Brasilian Gas Company (CebGas).
A Lei da Criação de Cebgas define o objetivo da Companhia, exclusivamente a exploração do serviço de distribuição e marketing de gás combustível.
Segundo a empresa, a empresa não está atualmente operacional, dependendo da implementação de um tubo e de um termoelétrico para manter o suprimento. A CEBGAS trabalhou exclusivamente na venda de gás natural no veículo (GNV), mas a atividade foi suspensa no ano passado.
“Nesse momento, a empresa CEBGAS não está operacional, sem atividades financeiras ou de capital, uma vez que um portfólio de gás para o DF e um aumento nos custos através do transporte rodoviário ainda não foi construído, o que não pode continuar com a continuidade da operação de vendas da GNV”, se destaca a empresa em comunicado.
A construção do tubo e da térmica é o que permite à empresa em DF. Com essa implementação, no termo norte, por Carlos Suárez, ele será responsável pela geração de energia no DF, enquanto em termocas, também de Suarez, ele terá uma participação ativa na distribuição dessa energia.
2 imagens
1 de 2
Ações de Cebgas
Cebgas/divulgação
2 de 2
Detalhes das ações de Cebgás
Cebgas/divulgação
A Cebgás é uma empresa mista ao combinar capital público e privado. A parte pública pertence à Brasilia Energy Company (CEB), administrada pelo Governo do Distrito Federal (GDF). O investimento privado estava sob a responsabilidade de eles, desde a privatização da empresa em 2001, um ano após sua criação.
A estrutura corporativa da CEBGAS mostra que a Thermogás possui 43% das ações ordinárias (ON) da empresa de suprimentos e 90,62% das ações preferenciais (PN) da empresa.
As ações de votação têm direito a assembléias, e o PNS tem preferência para receber dividendos. Portanto, a Companhia de Suárez é o maior acionista demitido no investimento.
Entenda a planta:
- A fábrica de Samambaia espera gerar 1.470 megawatts sozinha.
- Essa energia entraria no sistema nacional interconectado (SIN) para suprir o país e significa a mudança da matriz de energia do distrito federal, que atualmente tem como principal fonte de energia o suprimento por usinas hidrelétricas: Furnes e Itaipu, consideradas energias renováveis.
- A planta terá três turbinas a gás, três caldeiras de recuperação e uma turbina a vapor.
- A energia gerada conectará a planta à subestação de Samambaia usando uma linha de transmissão de 6,29 quilômetros.
- Uma planta anexada à planta pretende capturar um volume de 110 m³/h de água no rio Melchior (Foto proeminente), que estará a apenas 500 metros da margem.
- Depois de usar a água, a planta pretende retornar 104 m³/h ao rio.
- Como o DF não possui gás natural, o projeto prevê a construção de um tubo de gás de São Carlos (SP) para Samambaia.
- Esse modelo seria implementado e estaria sob a responsabilidade do portador de gás do Central Brasil (TGBC), que pertence ao mesmo parceiro da empresa responsável pela planta: Carlos Suárez, também conhecido como rei de gás.
Atualmente, a rede federal do Distrito de Energia é fornecida por eletricidade, gerada em usinas, como Furnes, e distribuída a residências e escritórios para neoenergia. Com o tubo, os residentes do DF poderiam ter canalizado o gás como fonte de energia.
O relatório conversou com especialistas do setor que preferiam não se identificar para não se expor. O entendimento é que haveria um monopólio e que o custo afetaria o preço final que atinge o consumidor.
O monopólio, no entanto, não seria novidade, uma vez que o rei do gás tem no papel de outros distribuidores de gás natural.
Leia também
Quem é o rei do gás
O empresário de Bahiano Carlos Seebra Suárez fundou, em 1976, a empresa de construção OEA, o sobrenome é representado pelos “s” da empresa, que participou de várias controvérsias, como as acusações de trabalho e corrupção escravos, sendo o objetivo das investigações de Lava Jato.
Influente na política, Suárez deixou a empresa de construção e começou a expandir seus negócios para o setor de gás natural. No entanto, isso não o impediu de ser investigado na mesma operação que chegou a seu ex -contratado.
Suarez ainda teve a conta suíça de uma de suas empresas, na Thermogás International, bloqueada sob suspeita de usá -lo para lavar dinheiro em subornos recebidos pelos ex -funcionários da Petrobras. O empresário foi absolvido.
No Brasil, Suarez participa de oito distribuidores estaduais de gás e autorização para operar pelo menos cinco canos.
A trajetória do rei do gás não se limita à administração e às concessões dos negócios. O empresário também se destaca por sua influência nos círculos políticos e pelo uso estratégico das articulações por trás da cena para permitir interesses comerciais.
No ano passado, Suarez foi um dos 100 maiores doadores de dinheiro em campanhas municipais.
De outra forma
Em um comunicado, Cebgas disse que não teve participação na construção da planta termoelétrica. No futuro, se a UTE for construída e, se houver viabilidade e superávit para marketing, a CEBGAS, em associação, poderá atuar em caso de renovação da concessão, disse a empresa.
O relatório também procurou o Themonorte e o Termocás, mas não teve resposta até a última atualização deste texto.