A vida de Joaquim, 2 anos, tem sido marcada por desafios desde o nascimento. Diagnosticado com síndrome de carga, uma anomalia genética rara, enfrenta limitações dos motores e dificuldades de desenvolvimento.
A posição atinge uma em 10.000 nascimentos vivos. O nome da condição refere -se a um conjunto de complicações em diferentes órgãos do corpo, que podem incluir olhos, nervos, coração, nasal e ouvidos, entre outros.
No caso de Joaquim, o problema do coração era o mais frequente e exigia que a criança fosse hospitalizada na UTI já no nascimento. Durante o hospitalizado, ele sofreu um choque cardiogênico, quando o coração perde a capacidade de bombear o sangue adequadamente para os órgãos.
Ele teve que passar por um novo procedimento em seu coração e, por um tempo, teve que usar uma sonda para alimentar.
Agora, a pouca qualidade de vida da criança mudou com a adoção de uma terapia chamada Cuevas Medek Exercises (CME). A técnica, pouco disseminada no Brasil, trabalha no desenvolvimento de motores infantis através de estímulos que causam reações automáticas no corpo da criança.
“O método desafia o sistema neuromuscular, promovendo respostas que ajudam a desenvolver a independência motora”, explica o instrutor e terapeuta Ana Carolina Martínez, especialista em métodos.
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Joaquim nasceu em 2022 com um problema cardíaco que o levou diretamente ao UCI neonatal
Andreia Batista/foto cedida em Metropols
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Joaquim tem muito mais autonomia hoje
Andreia Batista/foto cedida em Metropols
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Joaquim completou 2 anos em julho de 2024
Andreia Batista/ imagem dada à Metropolis.
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Andreia e a família celebram a recuperação diária de Joaquim
Andreia Batista/ imagem dada à Metropolis.
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A menina agora faz terapia para andar sozinha
Andreia Batista/ imagem dada aos metropóis
Evolução com terapia CME
Andreia Batista, a mãe de Joaquim, lutou para obter a cobertura do plano de saúde e, devido ao pequeno número de profissionais especializados, foi difícil encontrar atenção em Brasília. “Temos tentado com seguro de saúde desde agosto, mas é um processo longo e burocrático. O juiz negou a ordem judicial e continuamos apelo”, diz ele.
Um gatinho permitiu que a criança iniciasse o tratamento com a decisão judicial. As sessões, que custam R $ 420 cada, foram possíveis graças ao dinheiro arrecadado pela família.
“Conseguimos agregar um bom valor para cobrir os custos do tratamento, que tem sido uma bacia na vida de Joaquim”, diz Andreia.
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Segundo ela, os primeiros resultados surpresos. “Na avaliação inicial, ficamos impressionados com a velocidade dos resultados. Ele aprende algo na sessão e, em poucos dias, ele já está se inscrevendo em casa”, diz a mãe.
Antes do CME, Joaquim teve dificuldade em se mover e interagir com o meio ambiente. Hoje, é mais autônomo e ativo. “No começo, ele teve dificuldade em aceitar os estímulos mais desafiadores e chorar. Agora, os exercícios sorriem”, diz a mãe.
Como funciona o tratamento
O método CME foi desenvolvido na década de 1970 pelo fisioterapeuta chileno Ramon Cuevas e é adequado para crianças com atraso no desenvolvimento psicomotor. A técnica usa exercícios dinâmicos para estimular as respostas motoras automáticas, promovendo uma maior autonomia. Ao contrário de outras abordagens, o CME expõe a criança a forçar a gravidade, incentivando as reações naturais e progressivas.
“A técnica trabalha com um repertório de mais de 10.000 exercícios, sempre adaptado às necessidades da criança. A abordagem é expor o paciente à gravidade com o mínimo apoio, estimulando as respostas motoras naturais”, explica Ana Carolina.
Joaquim resistiu inicialmente a alguns estímulos mais desafiadores, mas rapidamente se adaptou. Hoje, participe de sessões com entusiasmo e avanços toda semana. Segundo o profissional, ele apresentou uma melhoria na posição, equilíbrio e independência do motor, os avanços fundamentais para caminhar sozinhos.
PRÓXIMOS PASSOS
A evolução de Joaquim atingiu toda a família. “O mundo abriu para ele. Antes, ele queria interagir, mas ele não podia. Agora, ela toca no pátio da recreação e explora o meio ambiente com muito mais autonomia”, diz Andreia.
Para receber alta na terapia, Joaquim precisa desenvolver uma marcha independente e a capacidade de subir e diminuir as etapas. “Todo dia melhora. Em breve, esperamos que você alcance esses objetivos”, a mãe projeta.
Recentemente, a criança foi diagnosticada com surdez e, portanto, passará por uma nova cirurgia, sendo o oitavo desde o nascimento, para a implementação de um dispositivo coclear. “O implante é necessário porque o aparelho auditivo convencional não é suficiente para Joaquim entender os sons bem, especialmente o discurso”, explica a mãe.
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