O relatório final da Polícia Federal (PF) da pesquisa “Abin Parall” foi divulgado na quarta-feira (18/6) pela decisão do ministro de Moraes do STF Alexandre, indica o desempenho dos aliados do conselheiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ) na dissimulação das campanhas de desinformação contra o presidente Lula.
De acordo com o relatório, uma conversa gravada em 8 de julho de 2024 no grupo do WhatsApp chamada “para o Aamor de Desus – Melon” mostra José Matheus Salales Barros, consultor de Carlos Bolsonaro e parceiro de comunicação e marketing de melão, discutindo a elaboração e o envio de uma parte da forma não -deliberada “deliblantemente apócriforma”.
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Conversas registradas entre Carlos Bolsonaro e seus consultores
Segundo o PF, o material não deve conter nenhuma identificação e “seria endereçado a ‘Allan’, possivelmente a esses santos”.
“Os interlocutores estão construindo uma campanha de desinformação relacionada ao presidente Lula, com ênfase no destinatário de referência ‘PP é para quem? Allan’, de acordo com o contexto das evidências, Allan Dos Santos, bem como a referência expressa ao ‘Escritório de ódio'”, diz o relatório da PF.
O PF estabelece que o grupo operava de consultores com vínculos com a presidência da República e estava diretamente ligado ao Escritório de Carlos Bolsonaro.
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O relatório argumenta que Carlos Bolsonaro desempenhou um papel central na coordenação de campanhas digitais e na articulação das estruturas focadas na produção e propagação de informações errôneas. O nome de Allan dos Santos, por sua vez, aparece em mais de um extrato do documento como um possível receptor de conteúdo preparado.
A prática faz parte do conjunto de elementos coletados na investigação que investiga o uso indevido da estrutura de abim para fins políticos e pessoais, por meio de monitoramento ilegal, ações clandestinas e disseminação de informações falsas.