Moraes: Marcelo Câmara queria “obter informações confidenciais” de Mauro Cid

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o tenente -coronel da Reserva Marcelo Costa Câmara, ex -consultor de Jair Bolsonaro, tentou obter informações confidenciais da queixa de Mauro CID, também ex -presidente do ex -presidente. Para o magistrado, a conduta pode configurar tentativas de investigação criminal que envolvem uma organização criminosa.

“Marcelo Costa Câmara, durante o período em que foi investigado e também durante o período necessário para seu advogado, procurou obter informações delicadas sobre o prêmio para a colaboração vencedora de Mauro César Barbosa Cid”, escreveu Moraes.

O caso está sendo determinado na investigação de SO, chamada de “abin paralela”.

A realização da Câmara, segundo o ministro, pode se encaixar no artigo 2, parágrafo 1, da Lei 12.850/2013, que lida com os crimes cometidos por organizações criminosas e oferece uma sanção para aqueles que tentam obstruir investigações relacionadas ao grupo.

O ministro do STF também considerou que, mesmo sob medidas de precaução e no período da prisão, Câmara violou repetidamente as ordens judiciais. Ele não cumpriu a proibição de usar redes sociais, direta ou indiretamente, e manteve o contato com outros investigados, mesmo através de terceiros.

VEJA  O rei Felipe e Letizia diferem mais uma vez sobre a segurança de sua filha

Essas violações foram indicadas nos documentos proferidos pela própria defesa, incluindo uma investigação defensiva na qual os advogados procuraram elementos para construir uma evidência que, no entendimento do tribunal, constitui uma tentativa de interferir nos procedimentos criminais.

Leia também

Câmara é investigado integrando uma estrutura de inteligência paralela reunida na Agência de Inteligência Brasileira (ABIN) durante o governo de Bolsonaro, usando ferramentas clandestinas para monitorar oponentes e autoridades políticas.

O ministro Alexandre de Moraes retirou -se na terça -feira (18/6) a confidencialidade do relatório da polícia federal detalhando a ação do “abin paralelo” chamado, revelando que o primeiro sistema de milhas foi usado ilegalmente em mais de 60.000 consultas.

Moraes também determinou na quarta -feira a prisão do ex -consultor. O motivo indicado pelo ministro foi a obstrução dos tribunais.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Anúncio

spot_imgspot_img

Recentes

“Ferro na cauda”: o líder da MBL é condenado a compensar o bolsonarista

O Coordenador Nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Antônio Ferreira Dos Santos (Foto forense à esquerda), Ele foi condenado em São Paulo a...

Dollar e a queda da bolsa, no dia em que o mercado é agitado pelo contrato de IOF

Os mercados e as ações de troca começaram a semana com um ritmo de alta volatilidade. Nesta segunda -feira (9/5), o dólar fechou 0,14%...

Após a operação de PF, Lula envia o presidente do INSS para dizer adeus

O Presidente Luiz Inacio da Silva (PT) determinou a renúncia do CEO do Instituto Nacional de Seguridade Social (INS), Alessandro Stefanutto, após a operação...

Estudante da UNH que estava desaparecido viajou em busca de um emprego em relações públicas

O estudante de Ganense, Fati Uthman Suleman, 25, que desapareceu por seis dias, retornou ao distrito federal na manhã de domingo (4/5). Foi encontrado...

A reunião fiel e a missa em sufrágio para o Papa Francisco começou

Tudo começou às 14:00 (Time Brasilia), nesta segunda -feira (21/4), a missa em sufrágio para o papa Francisco. O evento marca o início dos...