O governo federal decidiu, segunda -feira (30/6), ligar para o tribunal contra a derrubada do decreto que estabeleceu novas regras de cobrança para o imposto sobre operações financeiras (IOF). O decreto foi publicado em 11 de junho e derrubou uma votação no Congresso Nacional na quarta -feira passada (25/6).
A decisão do governo será tomada pelo Procurador Geral da União (AGU), que deve apresentar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), mais tarde na terça -feira (1/7). O AGU já estava analisando o caso para apoiar a decisão do governo.
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- Em 22 de maio, o governo federal publicou um decreto que estabeleceu a cobrança de IOF em operações e investimentos anteriormente isentos, além de aumentar as taxas de impostos sob as quais o imposto já era incidência.
- Horas após a publicação do decreto, após uma reação forte e negativa do mercado financeiro e dos agentes do Congresso, o governo federal fez alterações no decreto, retirando -se em alguns pontos.
- Desde então, o governo federal e os parlamentares discutiram uma saída para a questão. Após uma série de reuniões, os presidentes do Senado David Alcolusta (Union-AP) e House, Hugo Motta (Republicons-PB), até indicaram um acordo, mas as instruções mudaram.
- Em meio à retomada de atrito entre o Congresso e o Executivo, o governo federal emitiu um novo decreto de IFO em 11 de junho deste ano.
- Na quarta -feira passada, o Congresso aprovou um decreto legislativo que anulou os efeitos do decreto do governo federal em 11 de junho.
Desde a semana passada, o ministro da AGU, Jorge Messias, já havia recebido a tarefa de estudar o assunto e preparar o texto das competições à decisão do Congresso, de restaurar a validade do decreto assinado pelo Presidente da República, Luiz Incio Lula da Silva (PT), o 11.
Até esse segundo, os ministros do governo dividiram a possibilidade de desencadear a justiça contra a derrubada do decreto. O entendimento é que a decisão sobre as taxas de imposto depende exclusivamente do executivo, de modo que a medida do Congresso seria inconstitucional. No entanto, o custo político da judicização também foi colocado na agenda.
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Ministro das Finanças Fernando Haddad
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Ministro das Finanças Fernando Haddad
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Líderes políticos e ministro Fernando Haddad discutem alternativas ao aumento do imposto sobre operações financeiras (IOF)
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Fernando Haddad e Parlamentares
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Fernando Haddad e José Guimarães
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Reunião conjunta entre comitês financeiros e fiscais, supervisão financeira e controle
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Engy com o legislativo
Na sexta -feira (27/6), primeiro dia após a derrubada do decreto de IF pelo Congresso, o Ministro das Finanças, Fernando Haddad, já havia apontado um confronto com o Legislativo.
“Não é hora de coletar … Agora é a hora de usar o uniforme de choque, o bom debate público, o debate político, a disputa de idéias para o futuro, com nossas armas, que é conhecimento, empatia, senso comum (…)”, disse Haddad.
Na segunda-feira, o líder do governo do Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que, até então, uma possível acusação do caso, não representaria uma afronta aos deputados e senadores contra mudanças no IOF.
“Ninguém pode impedir que alguém vá à justiça. Se você decidir ir ao tribunal, não há afronta, é continuar lutando pelo que você acha que é o seu direito”, explicou Jaques.
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Contas públicas
O governo federal promoveu mudanças no IOF para aumentar as receitas em R $ 20,5 bilhões até 2025 e R $ 40 bilhões até 2026. O aumento da renda visa atingir o objetivo de déficit zero, respeitando a estrutura fiscal.
Além do aumento da cobrança de impostos em algumas operações financeiras, foi anunciado um corte de despesas de US $ 31,3 bilhões em 22 de maio deste ano, a mesma data que o primeiro decreto na IAF, também para atingir o objetivo da estrutura fiscal.
O questionamento da derrubada do decreto federal já está sendo processado na Suprema Corte, mas através de uma ação apresentada pelo Socialismo e Liberdade Partido (PSOL). Nesta segunda -feira, o presidente da Suprema Corte, Luis Roberto Barroso, decidiu que o caso será relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.