São Paulo – Os conselheiros de São Paulo começaram a articular na semana passada a aprovação de uma emenda na lei orgânica do município para incluir imposição de emendas, indicações dos parlamentares de que o prefeito é obrigado a cumprir o orçamento do Conselho da Cidade.
A porcentagem ainda será discutida, mas a idéia inicial é que a cidade seja forçada a atribuir, por ano, 0,8% do lucro líquido atual para indicações de parlamentares. De acordo com o orçamento 2025, o valor corresponderia a aproximadamente US $ 1 bilhão anualmente.
Atualmente, as emendas no município não são imponentes, ou seja, a administração não é obrigada a transmitir aos conselheiros. No entanto, para um acordo entre o Conselho da Cidade e o Conselho da Cidade, a lei orçamentária estipula a transferência de R $ 5 milhões por ano para cada parlamentar.
A discussão sobre as imponentes emendas veio à tona no meio das juntas de votação sobre a mudança de nome da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para a Polícia Municipal, um projeto realizado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e que foi aprovado na última quinta -feira (13/3).
Para isso, os conselheiros resgataram um texto de 2015 e foram aprovados na primeira votação em 2019. Naquela época, o projeto foi administrado à Comissão de Finanças e Orçamento e até teve a contribuição do então conselheiro Ricardo Nunes.
Um grupo de trabalho deve ser formado nos próximos dias para discutir o texto. Além da porcentagem do orçamento destinado a impor emendas, também será definido o tamanho da parte dos recursos a serem usados na área de saúde.
Mensagem do governo
Segundo os conselheiros, a articulação para a implementação das imponentes emendas no orçamento municipal foi uma forma de resposta da câmara às freiras da administração, que teve dificuldades em relação à câmara no início do segundo mandato.
Além da distribuição de posições, a liberação de emendas é a principal ferramenta de negociação disponível para o prefeito, solicitando o apoio dos projetos de interesse. Com as emendas imponentes, esse poder de pressão diminui. “Retire a cadeia do conselheiro”, disse um parlamentar.
Nos bastidores, o movimento dos líderes do partido, a maior parte da base, aproveitou a pressão do governo sobre a alteração do nome do GCM para aprovar medidas que dão maior independência à câmara.
Com uma oposição maior e mais organizada, além da presença de um “banco independente”, o governo não é uma maioria importante para aprovar projetos importantes, especialmente aqueles que precisam de dois terços do plenário, como foi o caso da GCM PLO.
A costura das imponentes emendas começou na tarde de quarta -feira passada (12/3) entre os líderes do partido, que alertaram o presidente Ricardo Teixeira (Union) sobre a articulação.
O diálogo foi realizado sem o conhecimento do governo, que foi capturado de surpresa com a questão que já está no dia do projeto Guardian Project, um artigo estratégico para a gestão de Nunes.
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Insatisfação entre os conselheiros
Os conselheiros se queixaram da falta de diálogo e do tom de ameaça nas negociações do governo. Em Reservas, os parlamentares reclamam da posição do prefeito, que discutiu a aprovação de projetos em entrevistas como automáticas. “Ele trata os conselheiros como seus funcionários”, reclamou um conselheiro.
Como foi o MetrópoleO prefeito Ricardo Nunes começou a pressionar diretamente os conselheiros da base para aprovar a mudança no GCM. Na quinta -feira, no meio das dificuldades de um acordo, o líder do governo Fabio Riva (MDB) até disse a seus colegas que sua posição estaria em risco se não aprovassem o projeto.
Além das imponentes emendas, os conselheiros resgataram um projeto de mudança nas regras de procedimento para proibir o voto dos materiais no formato híbrido, que foi aprovado no dia seguinte.
Com a medida, é mais fácil para a oposição obstruir votos importantes e requer maior lealdade pelos conselheiros da base, que devem estar presentes no plenário, mesmo em discussões que vão para a noite.
No final, a liderança do governo teve que desistir e chegar a um acordo para orientar os dois projetos, impondo emendas e o fim do plenário híbrido, juntamente com o texto do GCM. No momento da votação, Riva pressionou para votar primeiro para mudar o nome do guarda, que foi aceito por Teixeira.
O movimento foi lido entre os bancos como um avanço, uma vez que o combinado estava votando no GCM no último lugar para garantir o voto dos outros assuntos.
Após a pressão bancária do PT, os conselheiros aprovaram simbolicamente, sem votação nominal, o fim do plenário híbrido. O projeto das imponentes emendas não foi baseado. Os líderes concordaram em estabelecer um grupo de trabalho para apresentar um projeto dentro de dois meses.