Os líderes do Centrío consideram que há espaço para analisar um projeto de anistia envolvido em 8 de janeiro, sem necessariamente criar uma nova crise com a Suprema Corte (STF). Nesta quinta-feira (24/4), o prefeito, Hugo Motta (Republicons-PB), jogou na gaveta a aplicação urgente da proposta, com o apoio dos chefes da câmara.
De acordo com os líderes da Centrío, uma nova versão da proposta da Anistia, que não beneficia os envolvidos no ataque de fraude em uma ampla, geral e sem restrições, pode prosperar. Os chefes deste grupo político consideram que a redução da penalidade plausível para aqueles que apenas participaram da manifestação e avaliaram que a manutenção total de qualquer sanção contra os organizadores atrairia o STF.
Durante a reunião de liderança, Motta indicou que ele dialoga com o Supremo sobre o assunto. Eles alertaram ao prefeito que os membros de seus bancos assinaram o pedido urgente de pressão da base bolonarista, mas apontaram e pediram para trás na cena que a proposta não tem progresso.
Em outras palavras, os líderes “mortos no peito” e assumiram a responsabilidade de pendurar a anistia. Eles levaram em consideração a divisão de seus próprios bancos e apontaram que, se a proposta começar a processar da maneira como é, o Congresso ficará paralisado para prestar total atenção ao assunto.
Enquanto isso, o governo demonstrou oficialmente que se opõe totalmente à idéia de aniar os envolvidos em 8 de janeiro. No entanto, por trás da cena, está aberto ao diálogo se estiver claro que os organizadores da manifestação, que solicitaram a queda da queda da Presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT), não conseguiu escapar de nenhuma condenação.
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Planalto, além de querer proteger os novos golpistas, teme que uma possível anistia possa ser usada para beneficiar Bolsonaro. O ex -presidente é investigações sobre a suposta tentativa de golpe e também não é elegível até 2030, por decisão do Tribunal Eleitoral Superior (TSE).
“Especificamente sobre a questão da urgência da anistia, foi decidido adiar a agenda deste pedido. (…) Isso não diz que não seguiremos uma solução de diálogo para o problema. Tenho que decidir a agenda. A agenda é um dever do presidente”, disse Mutta ao deixar a reunião dos líderes.
Entenda o PL da anistia
- PL No. 2.858/2022, escrito pelo vice-major Vitor Hugo (PL-G), visa conceder anistia a todos os envolvidos em manifestações entre 30 de outubro de 2022 (data da segunda rodada das eleições presidenciais) e a data de entrada em vigor da lei.
- De acordo com o texto original, eles se beneficiariam: manifestantes, motoristas de caminhões, empresários, organizadores, financeiros e organizadores, bem como aqueles que apoiaram, através de redes sociais, atos.
- Os crimes da anistia seriam políticos e eleitorais, bem como demandas relacionadas às eleições presidenciais de 2022, que culminaram na vitória de Lula.
- Se fosse baseado e aprovado, o pedido urgente garantiria que o projeto fosse analisado diretamente no plenário da câmera, sem ser considerado pelos comitês temáticos da câmara.