Inspirado pelo comediante Leo Lins, condenado a oito anos de prisão por fazer piadas envolvidas em grupos minoritários, o vice federal Roberto Monteiro Pai (PL-RJ) apresentou um projeto de lei que concede uma ampla imunidade criminal a humoristas e outros criadores e diferenças no conteúdo cômico no Brasil.
Nomeado a lei da liberdade humorística Leo Lins, o texto argumenta que as piadas consideraram “mau gosto”, “áspero” ou “politicamente incorreto” não podem ser censuradas ou resultar em uma responsabilidade criminal.
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O projeto considera a manifestação humorística qualquer trabalho “cujo objetivo predominante é a produção de risadas ou reflexão satírica”. De acordo com a proposta, esse tipo de manifestação será até protegido quando incluir “politicamente incorreto” sarcástico, áspero, ofensivo ou popular “. “
A proposta estabelece que a responsabilidade criminal só será possível em casos de “discurso inequívoco de extermínio”, definido como “incitação direta e específica à eliminação física de qualquer grupo”. No entanto, o deputado ressalta que “o discurso do extermínio de críticas satíricas, paródia ou qualquer forma de humor que, embora ácida ou ofensiva, não recorra à aniquilação física não é considerada”.
Um dos artigos do projeto estabelece o cancelamento de todos os processos movidos contra os humoristas, mesmo os já julgados, desde que seja baseado em demonstrações protegidas pela nova lei. O texto estabelece que “todos os procedimentos e procedimentos são absolutamente declarados, julgados ou não, cujo fato gerador é uma manifestação humorística”. No entanto, a compensação civil já paga não seria restaurada.
Na justificativa, Monteiro argumenta que o humor desempenha “função social essencial: questões de abuso de poder, produz catarse coletiva e debate público de oxigenação” e que “aprovar essa lei é, portanto, afirmar o compromisso do parlamento com a liberdade, a democracia e a criatividade que caracteriza o espírito do povo brasileiro”.
O projeto ainda será distribuído aos comitês temáticos da Câmara dos Deputados antes de ir ao plenário.