Uma análise realizada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), a pedido do governo Tarcsio de Freitas (republicanos), ressalta que a favela do silo Moinho, no centro de São Paulo, está em ruínas. O relatório recomenda a demolição do reservatório.
De acordo com os profissionais envolvidos no estudo, o silo está “em condições desfavoráveis para a estabilidade global, incluindo a deterioração de materiais e compostos simples usados em sua construção. O marco local está em um estado de ruína, por enquanto parcial agora”, diz o documento, que foi enviado ao ministério do desenvolvimento urbano e da habitação (SDUH).
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PMS na moinho favela
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Escritório de Polícia no Moinho Favela
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A PMS usou o Shield para avançar contra protestos na linha de 8 diamantes
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A fumaça invadiu o centro de São Paulo durante um protesto contra a demolição de casas no Moinho Favela
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Favela de demolição de Moinho
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Mill Favela está entre duas linhas de trem CPTM
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CDHU CASAS de la Favela do Mill
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Ruas da Terra, cabanas de madeira e cabos emaranhados fazem parte da paisagem de favela moinho
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Favela do Moinho havia regularizado o saneamento básico em 2022
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A estrutura que abrigou a produção da fábrica central, desativada na década de 1980, é feita de concreto armado e não tem evidências de manutenção preventiva, de acordo com o relatório da CREA. “Ao considerar os fatores mínimos de segurança que serão adotados como uma maneira de preservar a vida humana, bem como os danos materiais e ambientais, a demolição responsável da estrutura é recomendada”, diz o documento.
Demolição da casa
O governo do estado começou no mês passado, a demolição de casas desempregadas da Moinho Favela. A ação tornou -se uma fonte de protestos dos moradores e foi desencadeada na decisão do governo federal de interromper o processo de alocação do território.
A terra onde a favela é instalada foi ocupada pelos moradores nos anos 90, após a desativação de uma antiga fábrica de farinha. O site foi transferido para a Federal Railway Network (RFFSA), foi leiloado, mas recentemente retornou aos ativos da União após uma decisão judicial. Atualmente, a área é administrada pelo Ministério do Patrimônio Urbano (SPU).
Em novembro de 2023, a Tarcisio Management enviou um pedido de sindicato para entregar espaço ao estado. A proposta é usar a área para construir o parque urbano de Moinho, bem como outras instalações. Para isso, o governo federal exigia, como contrapartida, que o estado apresentaria um plano de reassentamento para os moradores.
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Em meio às críticas do programa habitacional, aconselhou, entre outros aspectos, a incentivar os moradores a decepcionar sua própria renda e pressioná-los a assinar a parte dos contratos das famílias aceitaram as propostas e deixaram a favela, anulando as casas na fábrica.
Foi então que a barreira começou com a demolição ou não de imóveis. O governo do estado afirma que as casas vazias representam um risco para a segurança e a saúde dos residentes que permanecem na favela e defendem a derrubada do setor imobiliário.