O Instituto Guimarães Rosa (IGR), do Ministério das Relações Exteriores, anunciou recentemente os 21 membros do Comitê Consultivo do Programa de Diplomacia Cultural de Guimarães Rosa. A iniciativa representa um passo importante para democratizar a diplomacia cultural brasileira e expandir a participação da sociedade em ações internacionais para promover a cultura nacional.
Criado no final de 2024, o comitê consiste em sete segmentos diferentes, cada um com três membros. Os membros atuarão por um mandato de dois anos, sem remuneração, e terão seu principal objetivo de contribuir para as estratégias culturais de Itamaratía em diferentes regiões do mundo.
De acordo com Marco Antônio Nakata, diretor da IGR, a criação do Comitê Consultivo visa proporcionar maior transparência e participação da sociedade em decisões culturais internacionais.
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“Nossa idéia é precisamente ser capaz de expandir a participação. Através desse diálogo com grandes profissionais de vários segmentos da área cultural, reuniremos sugestões, apresentaremos novas estratégias e fortaleceremos a disseminação da cultura brasileira no exterior”, disse Nakata em uma entrevista com Metrópole.
Ele também ressalta que o comitê é apenas o primeiro passo para o diálogo expandir e permitir o reconhecimento de jovens talentos e novas tendências culturais.
Entre os representantes do segmento audiovisual, Marcus Ligocki Jr., diretor, produtor e roteirista se destaca. Para ele, o audiovisual desempenha um papel fundamental na construção da sólida diplomacia cultural alinhada com os interesses do Brasil no cenário internacional.
“As manifestações de arte e cultura de um país são o recurso mais eficaz para construir relacionamentos com outras culturas e diálogos de abertura. O audiovisual reúne todas as artes em um único idioma, cujos canais de exposição atingem grande parte da população mundial”, explicou.
De acordo com o criador do comitê, Nakata, a diversidade cultural também é um dos pontos centrais do comitê, cujo objetivo é avaliar as expressões artísticas de todas as regiões brasileiras.
“Há uma preocupação por ter um equilíbrio regional de estilos e gênero. Queremos que essa representatividade esteja presente em todas as nossas iniciativas internacionais”, disse ele.