O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e os Territórios (TJDFT) determinaram a regularização dos exames ginecológicos e para o tratamento da epilepsia na rede pública da capital brasileira.
Motivada pelas ações coletivas do Escritório do Defensor Público (DPDF), o Tribunal decidiu acusar no final da linha de exame de colposcopia e a oferta do vídeo eletroencefalograma para pacientes do DF.
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A colposcopia é um exame ginecológico para a avaliação e diagnóstico de colo do útero, vagina e vulva. De acordo com o Departamento de Saúde, atualmente existem 789 pacientes esperando online. Em maio, foram oferecidos 199 vagas.
Olhar:
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Atualmente 789 mulheres esperam o exame de colposcopia
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Por 25 anos, o DF deve oferecer o vídeo eletroencefalograma. Mas a rede não ofereceu o exame
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O Hospital Base pode oferecer o vídeo eletroencefalograma
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As ações do DPDF levaram o tribunal a acusar os dois exames
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Segundo o defensor público Ramiro Sant’ana, a colposcopia é um exame fundamental para a prevenção do câncer do colo do útero.
“A ação também aponta para a desigualdade. Enquanto no centro de Brasília, eles são regularizados, as mulheres que residem em regiões administrativas socialmente vulneráveis enfrentam grandes expectativas”, alertou ele.
De acordo com o DPDF, enquanto na região central o tempo médio de espera é de 30 dias, nas localidades que os pacientes esperam anos sem atenção.
Espere
Por lei, o tempo de espera para pacientes com prioridade vermelha é de 10 dias. Para os amarelos, são 30 dias. No caso de verde, não há definição de tempo.
Mas no DF, de acordo com o escritório do zagueiro público, no caso de colposcopia, há pacientes vermelhos esperando 817 dias, amarelos por 1.329 e verde em 761.
Epilepsia
Por mais de 25 anos, o DF deve oferecer vídeos de encefalograma. É um dos serviços do Sistema de Saúde Unificado (SUS). O exame é alto e essencial para grandes tratamentos complexos, como no caso da epilepsia.
“A situação do vídeo eletroencefalograma é excepcional. O exame nunca ofereceu. O judiciário, ao emitir uma ordem de regularização, reconheceu a omissão de mais de 25 anos de gestão do sistema de saúde local”, disse ele.
Base
O Hospital Base, atualmente administrado pelo Instituto de Gerenciamento Estratégico da Saúde (IGES-DF), possui uma qualificação do Ministério da Saúde para oferecer o exame. Mesmo assim, o exame não foi oferecido.
Em fevereiro de 2025, mais de 110 processos estavam em pacientes que procuravam o exame de videolencefalograma no DF.
Ambas as decisões são preliminares. Isto é, é para recorrer.
De outra forma
O Ministério da Saúde e o IGES-DF afirma estar comprometido em expandir o acesso e a qualidade dos serviços prestados, agindo de forma colaborativa e responsável por superar os desafios estruturais da saúde.
Com relação ao vídeo eletroencefalograma, o órgão argumentou que o procedimento não está sendo regulamentado pelo centro de regulamentação ambulatorial, no entanto, a rede oferece um exame pediátrico e de encefalograma adulto.
“É importante informar que o IGESDF tomou todas as medidas necessárias para permitir a implementação do serviço no Hospital Base, incluindo a aquisição de equipamentos, ajustes estruturais e o planejamento do equipamento multiprofesional, em articulação com SES/DF”, disseram eles.