“Não tenho controle de nada”, disse o diretor da prisão da PF

Um relatório do Ministério Público (MPF) sobre a situação dos estabelecimentos criminais em Pernambuco narra uma conversa com o diretor da prisão de Igarassu, Charles Belarmino, durante uma inspeção no local onde ele diz que não tem controle sobre a prisão.

Segundo o MPF, depois de ser questionado sobre a situação de “Calamicicosa” da prisão, ele teria dito que não tinha “controle de nada aqui”.

Belarmino foi preso em fevereiro pela polícia federal (PF) sob a operação da Catedral, que interrompeu um esquema de tráfico de drogas e drogas dentro da unidade prisional.

Durante a inspeção, irregularidades como superlotação e déficit da polícia criminal, bem como aqueles que não estão conformidades com a lei de execução criminal e as supostas violações dos direitos humanos foram encontrados.

Segundo o relatório, Belarmino teria declarado discursos várias vezes, como “Você acha que sou eu quem governa aqui?” ou “Não tenho controle de nada aqui”.

Os comentários, de acordo com o MPF, seriam acompanhados por “risos em tom sarcástico” do então diretor, que não mostrou “nenhuma preocupação com os problemas encontrados na prisão”.

A inspeção foi realizada em 14 de maio de 2024, antes da operação do PF. Cinco membros do Conselho Penitenciário de Pernambuco (Copen) estavam presentes, incluindo o advogado Silvia Regina Pontes Lopes, representativo do MPF.

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Depois de visitar a prisão, o episódio foi relatado ao governo do estado. “A pouca conduta ética e questionável alertou o promotor, assim como o outro presente, da não execução das funções do conselho na unidade e do possível conluio”.

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Irregularidades em Igarassu

Embora o relatório se concentre em várias prisões em Pernambuco, o MPF definiu o iCasassu como “um dos estabelecimentos mais críticos do estado”.

Um dos pontos acima mencionados Peo MPF é o problema de superlotação, que atinge 360%. Em dezembro de 2024, a prisão de Icaasu tinha uma capacidade máxima de 1.226, mas organizou 5.645 prisioneiros.

“A superlotação implica a quantidade insuficiente de funcionários do estado, degradação da infraestrutura, ambiente prejudicial, ameaça à segurança pública, entre outros fatores”, diz o relatório.

Outro ponto levantado, como uma extensão do problema de superlotação, é que um espaço inicialmente destinado à coexistência ou aos banhistas teria adquirido a função de extensão informal das células “, sem a possibilidade de uma dupla funcionalidade com o sol toma”.

“A superpopulação também reverbera nas várias mudanças informais para a criação de espaços fracionários que são novas células, estrutura construída pelos detidos, sem segurança, risco de curto -circuito e outros problemas estruturais.

Além disso, a existência de um banheiro para cada grupo de 18 prisioneiros e a precariedade da cozinha, onde as três refeições diárias dos detidos, que teriam “várias condições inadequadas para evitar a poluição e o desenvolvimento da doença” também foi apontado.

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Operação A Catedral

Em 25 de fevereiro de 2025, a PF lançou a operação da Catedral para desmantelar uma organização criminosa composta por detidos e policiais criminais que trabalhavam na prisão de icasassu em Pernambuco.

O grupo investigado, de acordo com a corporação, promoveu a comissão de vários crimes dentro da unidade prisional, incluindo corrupção e tráfico de drogas.

Naquela época, nove ordens de prisão antes do julgamento, 12 garantias de busca e apreensão, duas eliminação da função e seqüestro de ativos dos investigados.

A investigação começou após a identificação de um detido que comandou várias atividades ilegais na unidade. “Durante as descobertas, foram encontrados atos de corrupção passiva cometidos pela polícia criminal, além de acesso inadequado aos sistemas internos para favorecer os detidos”, afirmou o PF em comunicado.

O relatório, de acordo com o MPF, foi disponibilizado à polícia federal para contribuir para as investigações da operação da Catedral, uma vez que a unidade do ICASASSU é uma das da análise.

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