Nicolás Maduro deu outro passo em seu ambicioso plano de conquistar esse quadro fazendo eleições no que ele chamou de “24º estado da Venezuela”, apesar de a região estar dentro e sob a administração da Guiana. Uma escolha que interpreta ainda mais incertezas sobre o futuro do local, o objetivo de uma disputa histórica entre Caracas e Georgetown por quase dois séculos.
Maduro quer isso
- Em abril de 2024, Maduro assinou uma lei atribuída a thisQuibo, Rico em recursos naturais, para a Venezuela.
- A região ocupa aproximadamente dois terços da área total da Guiana. Além disso, é rico em recursos naturais.
- Apesar da anexação, Nada mudou até agora, e isso é deixado sob a jurisdição da Guiana – Apoiado por grande parte da comunidade internacional.
O voto de 25 de maio escolheu Neil Vilamizar como governador venezuelano em Essequibo, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), o mesmo acrônimo que o líder de Chavista. Além do ex -comandante da Marinha Venezuelana, oito legisladores também foram eleitos.
A eleição fazia parte das eleições regionais da Venezuela, onde o governo de Maduro venceu com tempo livre, de acordo com dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por Chavismo. Dos 24 governadores eleitos, levando em consideração a vitória de Neil Vilamizar em Essequibo, 23 estão ligados ao atual presidente venezuelano.
Em ThisQuibo, no entanto, as dúvidas ainda ficam no ar. Isso, porque a Venezuela não tem soberania e jurisdição sobre o território, que foi reivindicado por Maduro depois de votar em Caracas.
“Irfan Ali, presidente da Guiana, funcionário da ExxonMobil, mais cedo ou mais tarde, terá que sentar comigo para falar e aceitar a soberania venezuelana”, disse o líder de Chavista, deixando uma das áreas eleitorais da capital venezuelana.
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Venezuela comemorou uma eleição em Essequibo, território da Guiana
Zurimar Campos/Presidência da Venezuela
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Nicolás Maduro foi declarado o vencedor das eleições presidenciais na Venezuela em 2024
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Nicolás Maduro está no governo desde 2013
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“Ficção eleitoral”
Reconhecida internacionalmente como parte da Guiana, os analistas prevêem poucas mudanças em Essequibo e classificam a declaração, criticadas e não reconhecidas por grande parte da comunidade internacional, como “ficção eleitoral”.
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O ponto principal de que os planos de Maduro é precisamente a falta de jurisdição local, pois ficou claro durante a votação. Embora a disputa eleitoral envolva esse estranho, as eleições foram realizadas no estado venezuelano de Bolívar, na fronteira entre a Venezuela e a Guiana.
“De fato, mesmo que os governadores e deputados tenham sido eleitos, ainda há dúvidas sobre o escopo e as responsabilidades dessas autoridades, uma vez que elas nem governam o território da Essequibo”, explica a internacionista Stephanie Braun do Observatório Político da América do Sul (OPSA).
Mesmo assim, o gesto de Maduro pode ter consequências políticas dentro da Venezuela no regime de Chavista.
“Essa atitude busca, de alguma forma, obter apoio interno e manter sua base eleitoral que defende a agenda de Essequibo como parte do território venezuelano. Essa é uma questão que, historicamente, une o governo e a oposição, agitam o significado do nacionalismo de venezuelos e busca fazer sentido para uma agenda comum por quase todos
Até agora, no entanto, o governo de Chavista ainda não recebeu sinais de como pretende governar a região de Essequibo, mesmo que a distância.