O ministro da Suprema Corte, Gilmar Mendes, disse na quarta -feira (2/7) que a crise entre o governo federal e a legislatura em torno do imposto sobre operações financeiras (se) é mais caro para ser um “sintoma” do que o próprio problema e, portanto, seria “apenas a ponta do iceberg”.
“Acho que é mais sobre a revelação de um sintoma do que a doença. Acho que precisamos lidar com a doença: a falta de diálogo, a falta de coordenação. Essa é apenas a ponta do iceberg de uma crise, e precisamos resolver e qualificar a crise”, disse o ministro.
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- Em 22 de maio, o governo federal publicou um decreto que estabeleceu a cobrança de IOF em operações e investimentos anteriormente isentos, além de aumentar as taxas de impostos sob as quais o imposto já era incidência.
- Horas após a publicação do decreto, após uma reação forte e negativa do mercado financeiro e dos agentes do Congresso, o governo federal fez alterações no decreto, retirando -se em alguns pontos.
- Desde então, o governo federal e os parlamentares discutiram uma saída para a questão. Após uma série de reuniões, os presidentes do Senado David Alcolusta (Union-AP) e House, Hugo Motta (Republicons-PB), até indicaram um acordo, mas as instruções mudaram.
- Em meio à retomada de atrito entre o Congresso e o Executivo, o governo federal emitiu um novo decreto de IFO em 11 de junho deste ano.
- Na quarta -feira passada, o Congresso aprovou um decreto legislativo que anulou os efeitos do decreto do governo federal em 11 de junho.
- O governo apresentou na terça -feira uma constitucionalidade da declaração (ADC) para tentar manter o decreto IFO.
O discurso do ministro foi realizado durante sua participação no Fórum XIII de Lisboa, em Portugal, nesta quarta -feira. O evento reúne as autoridades de várias nações para discutir as transformações da sociedade e os desafios que surgem com o advento da inteligência artificial. “Certamente, esta é uma oportunidade para todos assumirem seu papel em frente ao país e evitar intensificar esse ponto morto”, disse o ministro.
O discurso de Gilmar Mendes ocorre exatamente quando a disputa entre legislativa e executivo chega à Suprema Corte. O Procurador Geral do União (AGU) apresentou na Suprema Corte uma declaração de constitucionalidade (ADC) para tentar manter o decreto que aumenta o imposto sobre operações financeiras (IOF). O texto editado pelo governo para aumentar o tributo em 11 de junho foi derrubado pelo Parlamento na quarta -feira passada (25/6), que agravou a crise entre os poderes.
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As questões do governo sobre a derrubada do decreto do presidente da República, Luiz Inacio Lula da Silva, na qual o aumento dos impostos foi acusado, informará o ministro Alexandre de Moraes. Também estará sob os cuidados de Moraes outra ação sobre o assunto. Nesse caso, a autoria era do socialismo e do Partido La Libertad (PSOL). O entendimento das ações contra a derrubada da lei de Lula é que o estabelecimento de taxas tributárias sobre impostos é responsável pelo executivo, para que o legislador não possa interferir.
Contas públicas
As mudanças promovidas pelo governo federal para se pretendem aumentar a coleta. O aumento da renda visa atingir o objetivo de déficit zero, cumprindo assim a estrutura fiscal.
Além do aumento da cobrança de impostos em algumas operações financeiras, foi anunciado um corte de despesas de US $ 31,3 bilhões em 22 de maio deste ano, a mesma data que o primeiro decreto na IAF, também para atingir o objetivo da estrutura fiscal.