Com a morte do papa Francisco na segunda -feira passada (21/4), os olhos do mundo católico retornam novamente ao conclave que escolherá o novo líder da igreja. Entre os nomes mais comentados nos corredores do Vaticano e análises especializadas, se destaca -se tanto pelo currículo quanto pelo simbolismo: Peter Kodwo Appiah Turkson, cardeal Ganaes, que pode se tornar o primeiro papa negro e africano da história moderna.
Aos 76 anos, Turksson é uma ótima figura dentro da Santa Sé. Ele foi nomeado cardeal por João Paulo II em 2003 e desde então ocupou cargos estratégicos na Cúria Romana. Entre 2009 e 2016, ele presidiu o Conselho Pontífico e a paz, responsável por questões como direitos humanos, ética social e desenvolvimento. Em 2022, a convite do Papa Francisco, tornou -se o chanceler da Pontifícia Academia de Ciências e da Pontifífica Academia de Ciências Sociais.
Visão ampla
Nascido em 1948 em Wassaw Nssuta, no oeste do Gana, Turkson é filho de um carpinteiro católico e um metodista convertido. Ele cresceu em uma região de grande diversidade religiosa e cultural, que molda sua visão do mundo e sua capacidade de inter -religiosas diálogos e é considerada essencial em tempos de polarização e conflitos religiosos. Ele se formou em teologia e escrituras sagradas, estudou em seminários locais em Roma e nos Estados Unidos. Ele fala inglês, francês, italiano, alemão e latim, bem como ganesas nativas, como a fonte.
Sua carreira combina erudição, espiritualidade e ação social. Em seu trabalho no Vaticano, Turkson sempre teve uma posição firme contra desigualdades e injustiças. Ele é um defensor da ecologia integral, de acordo com as idéias do Papa Francisco, e atuou na articulação de medidas para receber migrantes e refugiados, uma questão que o colocou no centro de debates políticos e eclesiais. Em diferentes ocasiões, ele também criticou o racismo estrutural e a marginalização dos povos africanos no cenário global.
Apesar de seu compromisso com questões progressistas, Turkson mantém um perfil moderado em questões doutrinárias. É considerado um “homem central” dentro do cardeal da faculdade, respeitado por conservadores e progressivo.
Sua capacidade de ouvir e conciliação é considerada um ativo em um momento em que a Igreja Católica enfrenta profundos desafios internos, como a perda de fiéis em algumas regiões, os escândalos de abuso e a crescente demanda por reformas.
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A possível escolha de Turkson traria um marco histórico para a igreja. Embora tenha havido batatas africanas nos primeiros séculos do cristianismo, como o Santo Victor I, Melquiades e Gelasio I, toda a origem do norte da África, e um cardeal preto do continente sub -saariano estava tão próximo do trono de Pedro na era moderna.
A expectativa agora gira em torno das articulações do conclave, que não tem uma data oficial, mas deve acontecer em breve. Com mais de 1,3 bilhão de fiéis no mundo, a Igreja Católica enfrenta a missão de escolher um líder capaz de manter o espírito de renovação iniciado por Francis, enquanto preservava sua unidade e tradição.
Na manhã de sábado (26/4), haverá o funeral de Jorge Bergoglio, o Papa Francisco, onde será realizada a missa de feitiços, às 10 horas da manhã para o horário local (tempo de Brasília das 5h). A celebração ocorrerá no átrio da Basílica de San Pedro, sob a presidência do cardeal Giovanni Battista Re, reitor do Cardinal College. Com o rito, os nove dias de luto e orações começam em homenagem ao pontífice.