O ano de 2024 foi o mais mortal para os migrantes, com quase 9.000 mortes em todo o mundo, informou a Organização Internacional de Migração (IIM) na sexta -feira (21/03/21).
“A tragédia do crescente número de mortes por migrantes em todo o mundo é inaceitável e evitável”, disse Ugochi Daniels, vice -diretor do IIM. “Por trás de cada número, existe um ser humano, alguém a quem a perda é devastadora”.
“Pelo menos 8.938 pessoas morreram em rotas de migração em todo o mundo em 2024”, informou a agência de migração da ONU, acrescentando que foi o quinto consecutivo em que os números atingiram os registros.
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“O aumento das mortes em tantas regiões do mundo mostra por que precisamos de uma resposta internacional e holística que possa evitar uma vida mais trágica da vida”, alertou Daniels.
A agência também alertou que “o número real de mortes e desaparecimentos de migrantes é provavelmente muito maior, pois muitos não foram documentados devido à escassez de fontes oficiais”. Identidades e outros detalhes pessoais da maioria das vítimas são desconhecidos.
Quase 2.500 mortes no Mediterrâneo
Os registros de morte de migrantes foram registrados na Ásia (2.778), África (2.242) e Europa (233). Houve um total de 2.452 mortes no Mar Mediterrâneo, a principal porta de entrada para aqueles que tentam chegar à Europa, disse a OIM.
Os dados finais para as Américas ainda não estavam disponíveis, mas os números parciais incluem pelo menos 1.233 vítimas, incluindo “o total sem precedentes de 341 vidas no Caribe em 2024 e um recorde de 174 mortes de migrantes que cruzam a selva de Darién”. A certa altura, essa região entre a Colômbia e o Panamá foi o principal corredor de imigração para aqueles que tentaram chegar aos Estados Unidos.
Em todo o mundo, a violência continuou a ser a principal ameaça para os migrantes, sendo responsável por pelo menos 10% das mortes desde 2022. Em 2024, a Ásia foi o estágio principal desse tipo de violência, com quase 600 vidas perdidas nas rotas de migração do sul e sudeste do continente.