São Paulo – O criador de conteúdo James Stephen “Jimmy” Donaldson, conhecido como MrBeast no YouTube, visitou cinco lugares que ele considera o mais mortal no planeta e escolheu a ilha de Queimada Grande, entre os municípios de Itanhém e Peruíbe, na costa de São Paulo, como os piores. A ilha, conhecida como “Isla Cobras”, é o lugar com a maior concentração de cobras do Brasil.
O MRBeast acumula 378 milhões de assinantes no YouTube, tornando -se o maior criador de conteúdo da plataforma. No vídeo “Eu sobrevivi aos 5 lugares mais mortais do planeta” (Veja o vídeo abaixo), publicado no último sábado (22/3), ele e seus amigos passam dias em uma gaiola no meio de uma savana africana cercada por animais selvagens; Eles carregam uma cachoeira congelada; Dirigindo no “caminho da morte” na Bolívia; Eles nadam com tubarões sem gaiola e finalmente passam uma noite na ilha de Cobras.
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YouTuber tem 378 milhas de assinantes
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Jararaca-aza (insularis Bothrops)
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A ilha de Cobras está entre Itanhaém e Peruísbé, na costa de SP
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Coloque as casas de milhares de cobras venenosas
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De acordo com o Instituto Butantano, a ilha abriga milhares de cobras venosas, segundo no mundo na concentração de cobras, logo atrás da ilha de Sedao chinesa, que tem 20.000 cobras. Viva duas espécies de jaracas: ilhoa (Bothrops insulleris) e o sono (Mikanii DIPAS). JARARACA-Ilhoa é endêmica da ilha, ou seja, existe apenas lá, e seu veneno pode ser mortal e matar uma pessoa em apenas seis horas.
A ilha é uma área restrita para pesquisadores, profissionais ambientais e pessoal da Marinha Brasileira. Mesmo antes da abordagem, é necessário ter a autorização de Sisbio, que só é concedida ao apresentar uma proposta que avalia o Instituto de Conservação de Biodiversidade (ICMBio) Chico Mendes.
O influenciador e seus amigos visitaram a ilha acompanhada de cientistas que estavam lá para recolher o veneno de cobras e depois produzir soros de antetase, que salvam seres humanos cortados por essas cobras. Todos caminham pela floresta fechada com tornozelos especializados, que protegem suas espinhas de possíveis ataques de cobra.
O problema é que uma cobra pode cair do ar, porque lá esses animais também estão no topo das árvores. Este é o resultado de um processo evolutivo dessas espécies. Cerca de 10.000 anos atrás, a separação da ilha do continente isolou essas cobras, que sofreram adaptações evolutivas.
Desde a falta de disponibilidade de roedores na ilha, que são a presa principal das cobras do continente, as mutações acumularam Jararacas-Islanda e começaram a se alimentar de pássaros. Na ilha de Queimada Grande, eles predominaram com aqueles com um corpo mais fino e a maior cabeça, o que deve facilitar a engolir de pássaros e até favorecer sua capacidade de movimento entre os troncos das árvores.
Sem predadores naturais e aves migratórias, como a principal fonte de alimento, eles desenvolveram um veneno diferenciado, rico em enzimas com potencial biomédico. A pesquisa indica que seus compostos podem contribuir para o desenvolvimento de anticoagulantes, analgésicos e medicamentos anti -inflamatórios.
A ilha faz parte da área das ilhas relevantes de interesse ecológico da pequena e queimada queimada, uma unidade de conservação federal do ICMBIO.
Ameaça de extinção
Jararaca-aza foi descrita há mais de 100 anos pelo herpetologista e ex-diretor do Instituto Butantano, Afrânio do Amaral, e atualmente está ameaçado de extinção.
De acordo com o pesquisador Otavio Augusto Vuolo Marques, autor do livro “A Ilha de Cobras: Biologia, Evolução e Conservação de Jararaca-Caroa em Queimada Grande”, a espécie é uma grande vítima de bioporação. Para Otávio, é permitido o seqüestro das cobras da ilha, onde é permitido apenas o desembarque de pesquisadores e funcionários da Marinha, é um dos principais fatores que ameaçam a sobrevivência das espécies.
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Uma das iniciativas para salvar a espécie é a criação de cobras em cativeiro no Instituto Butan em São Paulo. Com a autorização do ICMBio, o pesquisador coletou cerca de 20 espécies da ilha e levado ao instituto.
Como eles se acostumaram ao cativeiro, a reintrodução de cobras na natureza, se a espécie for extinta do habitat natural, não é um procedimento simples. Para ajudar nesse processo, Butan está desenvolvendo um berçário, um espaço que simulará a vegetação, o ambiente e a topografia da ilha: a temperatura da ilha, por exemplo, não diminui 15º.
Inaugurado em fevereiro deste ano, a nova sede do Laboratório de Ecologia e Evolução do Instituto (Leev) abrigará esse berçário, que atualmente ainda não está pronto. Atualmente, o laboratório oferece visitas guiadas.